Tuesday, September 25, 2007

O meu Eu Electrónico

A convite do meu bom amigo Vasco Sousa, director da revista Inovar-te foi-me pedida uma pequena dissertação (tenho um fetiche com esta palavrinha) sobre a minha personalidade electrónica. Neste caso escolhi o meu eu blogónico para fazer as honras da casa. E, em primeiríssima mão para todos os visitantes que por aqui vagueiam (para os comuns dos mortais será publicado no nº 6 da Inovar-te), rezava qualquer coisa assim:

"Qual Alice no País das Maravilhas redescubro-me em novos personagens e cenários neste mundo, todo ele espelho mágico do real, todo ele contorcido e dotado de uma elasticidade e uma permeabilidade digna de um super herói de collants. O meu eu electrónico nasce e agiganta-se na blogosfera. Terra de fantasia, de eus desmedidos, de solidão originária, de frases feitas ou contrafeitas, refúgio último dos dias, trancado a cadeado de password como antes o fazíamos com o diário escondido na folga da tábua solta no chão.Crescemos como cogumelos nesta teia imensa de génios e medíocres, mordazes línguas bífidas, uns participando da feira de vaidades do estrelato e outros almejando ser simples barracas de tiro ao alvo, certeiras mas humildes, conscientes da sua natureza puramente lúdica. O meu eu electrónico é feito da prosa do dia e polaroids dos instantes, dos fragmentos cozidos como trapos, no alinhavo de bainha da capa e espada de um novo herói de BL (Banda Larga)."