Friday, April 27, 2007

Os 13 Anos da Antena 3

Ontem o dia foi longo e de tal maneira a festa foi brava que não tive oportunidade de partilhar neste espaço essas gloriosas 24 horas de festa da Antena 3. Infelizmente não pude também partilhar de todas essas horas de alegria, mas terminámos em grande, numa edição especialissíma da Prova Oral até às 24:00h. O painel foi especial e o texto de apresentação arrastado directamente do nosso blog http://www.provaoral.blogspot.com/:

"Quintino Aires, psicólogo (se bem se lembram, ainda há umas semaninhas cá esteve a apresentar o seu livro O amor é uma carta fechada); Carlos Amaral Dias, que praticamente dispensa apresentação, conhecidíssimo psicanalista, autor de livros como Freud para além de Freud e Costurando as linhas da psicopatologia borderland (que daria igualmente um óptimo nome para uma banda, por exemplo); Marta Crawford, sexóloga, conhecida do público sobretudo pelo seu ABSexo na TVI; Gimba, músico, ex Afonsinho do Condado e autor dos genéricos da Prova Oral; o legendary Paulo Furtado, músico dos Wraygunn; e ainda, para que não vos falte nada, o colectivo Gato Fedorento - sim, os quatro, a gataria completa. Quanto à apresentação, também não deixamos a coisa por menos: Fernando Alvim, Cátia Simão, Marisa Jamaica e Rita Amado - todas, pela primeira vez, juntas na mesma emissão."

Rádio companheira de horas solitárias ao volante, das horas de audição a dois, a quatro, com os amigos ou com a família toda. Rádio onde ouvimos do melhor e do mais inovador da nossa música. Rádio alternativa, provocadora, pertinente, alegre, despretensiosa, tantas vezes a única voz para músicos de grande qualidade que não conseguem passar as barreiras cada vez mais intransponíveis dos patrocínios, das grandes produções, da guerra de audiências.

Rádio onde descobri uma outra dimensão do meu trabalho: o trabalho com gosto, diversão, profissionalismo e companheirismo profundo. Ao meu querido amigo Fernando Alvim, um beijo muito especial por me ter convidado a participar, às minhas colegas da Prova Oral um abracinho e um piscar de olho cúmplice. Estamos todos de Parabéns!

Foto reportagem aqui.







Monday, April 23, 2007

O adeus de Boris Iéltsin

Boris Nikoláievitch Iéltsin (em russo, Борис Николаевич Ельцин) nascido a 1 de Fevereiro de 1931 em Sverdlovsk, foi o primeiro presidente da Rússia em 1991, após o fim da União Soviética e o primeiro eleito democraticamente na história daquele país.
Iéltsin governou o país até 1999, liderando a transição do socialismo para o capitalismo. Os anos em que Iéltsin governou foram marcados por grandes transformações económicas e políticas na Rússia e nos outros países que constituíam a ex-União Soviética, além dos conflitos separatistas na Tchechénia. Faleceu hoje, aos 76 anos.

Thursday, April 12, 2007

"Até amanhã camaradas!"
Foi assim que Odete Santos se despediu hoje dos seus 26 anos de actividade política. Foi hoje, na Assembleia da República que a grande camarada, mulher de guerra, figura incómoda e polémica, excêntrica e combativa fez o seu último discurso enquanto deputada. A ovação durou alguns minutos e ecoou por todos os cantos de todas as bancadas parlamentares. E foi bonito!

Yes, Prime Minister! ou Sim Sr. Engenheiro!

Foi com curiosidade que assisti ontem à entrevista do nosso PM na RTP. Queria ouvir falar dos 2 anos de governação. Queria saber se, no meio de isto tudo, estamos ou não a melhorar? Segundo o Financial Times, vamos até muito bem. Graças às acções do governo, a recessão está a regredir. Segundo o FMI, a inflacção e o desemprego baixam e o crescimento aumenta. Com isto tudo, a que é que o PSD e o PP se podem agarrar? Ao curso de Sócrates?
Além da pastelada de toda esta questão à volta das habilitações de quem nos tem governado (e bem) e da suposta e devida pertença à ordem para ser tratado por Sr. Eng.º, acho igualmente hilariante a seriedade e convicção com que os entrevistadores massacraram sem mais assunto digno de sangue o nosso PM.
Este foi o programa mais visto pelos portugueses ontem e segundo a Marktest um cada três portugueses não descolou da TV nem fez zapping diante a fraca concorrência das outras novelas que passavam na SIC e na TVI.
Sim que isto de ser Eng.º ou não é coisa muy importante, muda tudo, tudinho mesmo.

Sócrates conseguiu, na minha perspectiva e para quem o quis ouvir, passar as ideias-chave de dois anos em que começamos a sair da cepa torta, da positividade que é necessário impôr a todo um povo e do crescimento, que, embora tímido, se começa a evidenciar no nosso país. Falou-se do aeroporto da Ota, necessário aos olhos de todos, ainda que discutível na sua localização. É preciso muita força de decisão e embora sem certezas dogmáticas é necessário agir, agir rápido e bem, de preferência. Os países mais fortes são aqueles que arriscam mais e que avançam de forma determinada no caminho traçado.

Triste é a insistência, no rescaldo da entrevista de ontem, da proposta do líder do PSD para que seja aberto um inquérito, por uma entidade independente, ao currículo académico de Sócrates. Comprova que apenas os fracos recorrem ao insulto fácil.

Então e quando podemos voltar ao país meus senhores?




(não resisti a esta foto deliciosa da série "Yes, Prime Minister" em que o jornalista pede o corte da palavra do PM. Leva-nos a colocar as coisas em perspectiva...)

Wednesday, April 04, 2007

Gestão de Talentos: o desafio

Será o património de talentos assim tão escasso? Esta é uma das grandes preocupações dos CEO a nível mundial. As conhecidas afirmações de que "o nosso maior capital é o humano" ou "as pessoas são o nosso activo mais importante" são muitas vezes pura retórica. De facto, por vezes o talento está mesmo debaixo do nariz e as chefias nem sequer se dão conta disso. Depois há aquela admiração quando, passado poucos anos, se tem conhecimento de que essas pessoas são decisivas na evolução de outras empresas, por vezes até concorrentes.
Não é que o talento espreite em cada esquina mas por vezes a aposta das empresas é fraca, não existem mecanismos de detecção dos talentos e capacidades dos vários elementos de uma equipa e uma débil percepção da adequação das pessoas às funções que ocupam.

O ideal seria que as pessoas tivessem espaço e motivação para se proporem fazer aquilo que mais as inspira, que mais as motiva e com isso mexer a agulha pela capacidade diferencial que têm em certas áreas. Mas como isso não acontece com facilidade, seja por constrangimento do próprio, seja por falta de visão das chefias, a única forma de conseguir potenciar esse capital humano será recorrer a barómetros de talento, instrumentos de averiguação dos perfis dos colaboradores e potenciar a consequente mudança de atitude e de adequação da equipa na prossecução dos objectivos comuns da empresa.

A gestão do talento diz respeito à capacidade de contratar pessoas de elevada qualidade, de as reter, de as desenvolver e de as utilizar de forma alinhada com a cultura e a estratégia da organização. Não basta para isso que os recursos humanos disponíveis sejam de elevada qualidade, por exemplo, a nível educacional. Há que aproveitá-lo bem! Há que descobrir aquilo que nos faz acordar antes da hora do despertador tocar, que nos faz ficar levantados à noite, que nos leva a dar secas monumentais aos nossos amigos por não nos conseguimos calar com aquele projecto que temos em mãos, que nos deixa o sorrisinho no canto do lábio por mais uma vitória, que nos leva à consciência clara de que "nasci mesmo para isto!". E este é um desafio que se levanta a toda a organização. Não é algo restrito aos departamentos de RH. As pessoas são transversais em toda a organização e apenas uma linha colaborativa permanente entre o departamento de recursos humanos, as várias linhas de chefias funcionais e uma clara e firme motivação a nível da gestão de topo poderá efectuar uma eficaz gestão de um dos recursos mais importantes para o crescimento das organizações: o talento - essa capacidade de fazer a diferença, de mudar o mundo, de dar o extra mille para o qual já nem sabiamos que teríamos fôlego!